Em Novembro Azul, além da conscientização sobre a prevenção, destaca-se também a importância do papel da fisioterapia no tratamento e reabilitação de pacientes com câncer de próstata. Jéssica Garcia Jorge, professora de Fisioterapia do Centro Universitário Una Uberlândia, explica como essa área atua para minimizar sintomas e prevenir sequelas, impactando diretamente a qualidade de vida dos pacientes.
“Um dos principais objetivos da fisioterapia é aliviar o desconforto físico causado pelos tratamentos, como a cirurgia de prostatectomia e a radioterapia,” explica Jéssica. Ela ressalta que entre os sintomas mais comuns enfrentados por esses pacientes estão as dores, a incontinência urinária e fecal, além das disfunções sexuais — todos desafios que a fisioterapia pode ajudar a amenizar de maneira significativa.
Jéssica detalha que o controle da dor é um dos focos iniciais da fisioterapia, usando técnicas de terapia manual e eletroterapia que permitem ao paciente realizar suas atividades diárias com menos limitações. “É importante que o paciente consiga se movimentar e realizar os exercícios propostos com o mínimo de desconforto possível,” destaca, apontando que esse alívio ajuda na continuidade do tratamento.
A fisioterapia também atua na recuperação do controle urinário e fecal, fatores que afetam muito a vida dos pacientes. “Nós utilizamos técnicas de cinesioterapia e eletroterapia para fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, que é essencial para o controle da urina e das fezes,” explica a professora. O uso do biofeedback, uma das ferramentas da fisioterapia, é especialmente útil nesse processo. Segundo Jéssica, “com o biofeedback, o paciente consegue visualizar e controlar as respostas musculares, o que aumenta o controle e a coordenação da musculatura, promovendo maior segurança e confiança para ele.”
Para Jéssica, o diagnóstico precoce é sempre o melhor caminho, mas, uma vez que o câncer de próstata é diagnosticado, o apoio fisioterapêutico também deve ser iniciado o quanto antes. “Com uma intervenção fisioterapêutica precoce, conseguimos minimizar sequelas incapacitantes e preservar a funcionalidade do paciente,” afirma, ressaltando que a educação sobre a dor, a conscientização corporal e o fortalecimento muscular são pilares para a recuperação.
Assim, o Novembro Azul não apenas reforça a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce, mas também ilumina o papel fundamental da fisioterapia para promover bem-estar e recuperação aos pacientes com câncer de próstata, colaborando para que a qualidade de vida seja mantida mesmo durante o tratamento.
Assessoria