Na última terça-feira (6), o governo federal anunciou uma ampliação nos investimentos destinados às rodovias e ferrovias, visando facilitar o transporte da safra de grãos até os portos para serem exportados. As ações abrangem aprimoramentos nas estradas e a finalização de obras estruturais, com os recursos distribuídos entre as regiões denominadas "Arco Norte" e "Arco Sul Sudeste". O objetivo do governo no Arco Sul Sudeste é deixar pelo menos, 80% das rodovias classificadas como boas, enquanto no Arco Norte é de deixar 90% com a classificação "bom" no índice do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).
O investimento no Arco Sul Sudeste foi de R$1,5 bilhão em 2023 para R$2,05 bilhões em 2024, já no Arco Norte, o valor investido foi de R$2 bilhões em 2023 para R$2,66 bilhões. Tiago Dallagrana, Diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (SETCEPAR), explica que os transportadores esperam que as obras de fato aconteçam e sejam concluídas em prazos razoáveis.
“Esperamos que as obras sejam devidamente fiscalizadas para que aconteçam dentro do previsto, podendo assim trazer melhor condição de produtividade e segurança para operarmos nas rodovias. Hoje o país é muito penalizado com o elevado custo logístico causado pela precária infraestrutura disponível na maior parte de sua malha rodoviária.”
A fim de tornar o agronegócio brasileiro mais competitivo, Tiago comenta que o Brasil precisa investir seriamente em formação para os profissionais do agro, buscando aprimorar os avanços como o uso de agricultura de precisão, uso de recursos de I.A. para auxiliar nas atividades do campo, entre outros.
O montante representa um aumento de 31% em relação aos recursos públicos destinados a essas áreas em 2023, quando a União investiu R$3,6 bilhões. Entre os projetos detalhados pelo governo estão a pavimentação de 5 rodovias federais e 60 obras estruturantes.
Apesar do grande investimento, o diretor explica que os atrasos nas obras de infraestrutura do país, fazem com que os trechos não consigam comportar o crescimento de fluxo que já ocorreu, dificultando o caminho para eliminar os gargalos logísticos que atualmente afetam o escoamento da produção.
“Neste sentido entendemos que as parcerias com o setor privado podem trazer maior celeridade para estas obras e promover uma constante reavaliação dos planos de investimentos e obras para os próximos anos, com isso buscando antecipar a execução das mesmas e reduzir os gargalos atuais do país.”, finalizou.