A agrifoodtech mineira Fazendinha em Casa busca multiplicar o acesso a produtos locais, artesanais e do campo por meio de expansão no interior de MG

A Fazendinha em Casa, agrifoodtech criada em 2017, quer expandir suas operações em todo o estado de Minas Gerais e se tornar um “atacadão do campo”. A startup conecta bares, restaurantes, empórios, sacolões e consumidores através de uma plataforma multicanal que suporta vendas no atacado e no varejo. Atualmente, conta com mais de cem produtores parceiros e mais de mil itens cadastrados na plataforma. 

Com fortes influências do campo, Claudia Ligório, cofundadora e CEO da Fazendinha em Casa, é neta de agricultores de origem humilde, pessoas que desbravaram o campo, sem estudo formal. Também conviveu durante toda infância e juventude com familiares de habilidades comerciais destacadas. “Além de estar presente no campo, também cresci entre as gôndolas do supermercado do meu pai e me lembro de ele amar inovação. Tudo o que tinha de mais moderno, ele levava para os negócios.” 

Essa base fez surgir a primeira versão da Fazendinha em Casa, um modelo de marketplace que reunia produtos com foco em agricultura familiar e produção local de bebidas e alimentos. “Durante a pandemia, mesmo com dificuldades, nossas vendas cresceram 10 vezes. Isso nos deu muita visibilidade e alcançamos o investimento-anjo, que nos propiciou a criar uma plataforma própria de gestão de vendas e logística integrada”, explica Claudia. 

Operação B2B2C e escala 

Hoje, a Fazendinha em Casa atende, com parceiros locais, consumidores finais de 8 capitais e cerca de 300 restaurantes, bares e empórios na região metropolitana de Belo Horizonte. Está presente em 94 pontos de compra autônoma em condomínios residenciais e comerciais de BH e Uberlândia. 

Segundo a CEO: “isso é o que planejamos desde o começo: a venda on-line para consumidores finais, a venda presencial via mercadinhos e a venda no atacado e varejo, porque sabemos que o varejo é omnichannel e queremos que nossos parceiros escolham o que for melhor. Buscamos facilitar para o comprador”. 

Dessa forma, a Fazendinha em Casa multiplica o acesso a um mix de produtos artesanais e também a venda dos pequenos produtores. “Crescemos 5 vezes o número de vendas de 2022 para 2023 e nossa perspectiva é de fechar 2024 com um percentual 10 vezes maior”, afirma Claudia. 

“Começamos com insumos para o dia a dia dos restaurantes e agora temos outros, como o pastel de angu para bares, famosos em Itabirito. Isso facilita para o dono do bar ou restaurante que tem dificuldade em encontrar produtos artesanais pré-prontos, além de conseguirem uma boa margem e levar um produto artesanal para o consumidor final, com o diferencial de ser um produto local, orgânico e sustentável.” 

Para consolidar as operações, a Fazendinha em Casa buscou apoio da Federaminas Ventures, venture builder da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas). A Federaminas Ventures investe recursos financeiros, humanos e tecnológicos em startups promissoras e as transforma em companhias sólidas para o exit. 

“Estamos num momento de maturidade tecnológica, tendo experimentado o trabalho diante desses diversos canais. Agora queremos escalar os resultados, e a Federaminas Ventures entra como um apoio muito importante para levar esse serviço para localidades onde a Federaminas está presente e fazer nossa proposta se consolidar”, comenta Ligório. 

Além de se destacar como atacadão do campo, a startup também quer, em 2024, tornar a gestão para o vendedor ainda mais simples e prática. “O painel do vendedor na plataforma opera “just in time“. Não importa se a venda veio do atendimento de WhatsApp para empório, restaurante, on-line ou mercadinho; a plataforma mostra instantaneamente a gestão de todo o processo de vendas. Para quem vende, essa integração das informações é extremamente importante. Ao mesmo tempo, nosso modelo permite uma operação descentralizada em várias localidades, escala e acesso a bons preços”. 

Assessoria