O boletim “Elas Vivem”, da Rede de Observatórios da Segurança, divulgado nesta quinta-feira (7/3), data que antecede o Dia Internacional da Mulher, informa que, a cada 24 horas, ao menos oito mulheres foram vítimas de violência em 2023. Ao todo, foram registradas 3.181 mulheres vitimadas, representando um aumento de 22,04% em relação a 2022, quando Pará e Amazonas ainda não faziam parte deste monitoramento.
O boletim comunica ainda que, no ano passado, pelo menos 586 mulheres foram vítimas de feminicídio, ou seja, mortas em razão do gênero. Os dados abrangem oito estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Pará, Piauí, Maranhão e Ceará. Isso corresponde a um caso a cada 15 horas, diz o informativo.
Em 72,70% desses casos, o criminoso era parceiro ou ex-parceiro da vítima. Em 38,12% dos crimes, o assassino estava munido de armas brancas e, em 23,75%, por armas de fogo.
Diante desse cenário violento contra as mulheres no Brasil, em 2023, a Hapvida NotreDame Intermédica expandiu o Canal Delas para que clientes possam denunciar casos de violência doméstica. O projeto, acessível para todas as clientes da empresa, foi feito em parceria com a ONG “As Justiceiras” e tem como objetivo suprir a necessidade de canais e sistemas alternativos para combater e prevenir a violência de gênero.
Segundo o diretor de Comunicação Corporativa e Diversidade da Hapvida NotreDame Intermédica, Ricardo Mota, a ideia de criar este canal para mulheres é uma evolução do canal de denúncia Sentinela, lançado em 2021 em Fortaleza (CE). “No Brasil, a maioria da população é do sexo feminino, e temos um compromisso social e de cidadania de participar dos movimentos sociais pelo fim da violência contra meninas e mulheres. A partir de nossa experiência com o Canal Delas internamente – a princípio aberto para as colaboradoras, que representam 70% do quadro de funcionários da empresa –, expandimos para todas as nossas clientes uma plataforma segura para apoiar, orientar e direcionar em todas as questões relacionadas ao tema”.
Com mais de 16 milhões de beneficiários em todo o país, a empresa entende a responsabilidade social de apoiar e promover esse tema, não só dentro da companhia, mas também em todo o Brasil. Ricardo Mota cita que, há dois anos, tem focado em palestras de conscientização dentro da empresa, fazendo desde guias de orientação, games e treinamentos de violência a outros tipos de esclarecimentos. “Somos parte e temos que transformar o nosso público interno e externo dando voz às mulheres, para que reconheçam e busquem os seus direitos”, observa Ricardo.
Todos os dados serão tratados com confidencialidade em parceria com a equipe da ONG As Justiceiras, um serviço que atualmente funciona em todo o Brasil com mais de 15 mil mulheres apoiando mulheres. Todas as ligações e atendimento das Justiceiras são feitos em conjunto com os órgãos competentes (Polícia Militar e delegacias), além de acompanhamento profissional com assistentes sociais, psicólogos e advogados. “Essa é uma forma de dar voz para que compartilhem, denunciem e busquem apoio para que, juntamente com a sociedade, possamos apoiar e construir de uma forma mais justa e igualitária, mas, acima de tudo, trabalhar oferecendo suporte, empatia e cuidado, e mostrar também a importância que a Hapvida NotreDame dá à vida”, completa Ricardo Mota.
O Canal Delas, da Hapvida NotreDame Intermédica, conta com uma força tarefa voluntária de mulheres para oferecer orientação jurídica, psicológica, socioassistencial, médica e rede de apoio e acolhimento, e está disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.
Assessoria