Cirurgia robótica traz mais assertividade para o tratamento de doenças cardiovasculares

A tecnologia tem revolucionado a saúde, e o cenário não é diferente em relação aos cuidados com o coração. O tratamento de doenças cardiovasculares, que têm grande impacto no cenário mundial da saúde, tem se tornado mais assertivo e menos invasivo com a realização de cirurgias robóticas. Procedimentos para a correção de doenças arteriais coronarianas, condições que podem levar a um ataque cardíaco e são a principal causa de morte por doença cardiovascular, estão entre os tratamentos que podem ser realizados com o auxílio de um robô.

As doenças cardiovasculares também são a causa de morte mais comum no mundo, e dentre essas condições, a doença arterial coronariana – que é quando as artérias entopem e adoecem – ocupa o primeiro lugar entre as causas de falecimento por questões cardíacas. De acordo com um relatório do Global Burden of Cardiovascular Diseases Collaboration, em 2021 foram registrados 9,4 milhões de óbitos no mundo motivados pela doença arterial coronariana. Com a cirurgia cardíaca robótica, o tratamento para essas condições tem sido facilitado e se tornado ainda mais assertivo.

Diversas cirurgias como a revascularização do miocárdio, que é um dos tratamentos mais comuns para artérias bloqueadas, estão entre os procedimentos que podem ser realizados com o auxílio de um robô. Essa cirurgia, que visa restabelecer o fluxo sanguíneo em uma artéria obstruída, é ainda mais precisa e proporciona uma recuperação mais ágil para o paciente se feita de forma robótica, como explica o Dr. Paulo Cesar Santos, cirurgião cardiovascular, que faz parte da equipe multidisciplinar que atua na realização de cirurgias cardíacas robóticas no Hospital UMC. “O oferecimento de procedimentos robóticos representa um significativo avanço na atenção ao paciente com condições cardiovasculares. Esse tipo de procedimento demanda precisão e esse fator é conquistado com o uso do robô, que possibilita movimentos ainda mais minuciosos, oferece maior visibilidade da área da cirurgia e proporciona outras vantagens valiosas para o paciente. Nessa modalidade de cirurgia menos invasiva, os cortes são menores, o sangramento, dores e riscos de infecções são minimizados e o paciente retoma suas atividades mais rápido”, destaca Dr. Paulo.

O especialista ainda esclarece outros tipos de procedimentos cardíacos que também podem ser feitos com o auxílio do robô. “Além da revascularização do miocárdio, que está entre os tipos de cirurgias cardíacas mais comuns no país, também é possível fazer cirurgias da válvula mitral, cirurgias de correção de comunicação interatrial (CIA), e correção de tumores intracardíacos, aproveitando os benefícios que a cirurgia minimamente invasiva com o robô proporciona”, explica o médico.

 

Sobre a cirurgia robótica

A cirurgia robótica é uma evolução da cirurgia por vídeo em que o médico utiliza um sistema robótico, com visualização tridimensional e alta definição, para comandar pinças e reproduzir todos os movimentos de uma cirurgia aberta convencional. Essa tecnologia representa o que há de mais avançado no campo da cirurgia minimamente invasiva, proporcionando inúmeros benefícios vitais para os pacientes e ainda vantagens para os profissionais que realizam a operação. O robô oferece melhor ergonomia para o médico, possibilitando movimentos que chegam a 360º de rotação e permitindo o acesso a estruturas que não são possíveis em outras modalidades cirúrgicas.

 

UMC promoveu as primeiras cirurgias cardíacas robóticas de Minas Gerais

O Hospital UMC, que faz parte do Grupo Oncoclínicas e está localizado em Uberlândia, é o pioneiro na realização de cirurgias robóticas cardíacas em Minas Gerais. Os primeiros procedimentos minimamente invasivos feitos com o robô para o tratamento de condições cardíacas aconteceram na instituição que oferece a modalidade de cirurgia desde 2019. Além das operações para condições cardiovasculares, o Hospital ainda realiza os procedimentos robóticos para cirurgias urológicas, oncológicas, bariátricas, ginecológicas e torácicas.

 

Assessoria