Segundo o presidente da Sociedade, Dr. Gustavo Soares, o objetivo é melhorar o atendimento à população. "Ter esta data no calendário oficial aumenta a possibilidade do direcionamento de verbas públicas, como emendas parlamentares, para os pacientes afetados pelas hérnias, além de permitir maior conscientização da população sobre os sintomas, risco e importância do tratamento da doença", ressalta.
De 2022 para 2023, o número de cirurgias realizadas no SUS para o tratamento da doença aumentou 17%, saindo de 285 mil para 334 mil. Nos três anos analisados (2022 - 2024) as cirurgias minimamente invasivas - que proporcionam recuperação precoce e menor dor pós-operatória - representam uma média de 0,6% do total de procedimentos realizados no SUS e 15% das cirurgias feitas foram em caráter de urgência.
Entre os tipos mais comuns de hérnia estão as umbilicais, aquelas que ocorrem no local de uma cirurgia anterior (incisional), na virilha (inguinais) e as que afetam a região um pouco acima do umbigo (epigástricas). As na virilha representam 75% do total de casos e 20% dos homens devem apresentá-la ao longo da vida, assim como 3% das mulheres.
MUTIRÕES - A Sociedade promove mutirões anualmente para tentar reduzir a fila do SUS em diferentes regiões do Brasil. Ao todo, já foram realizadas 10 edições com mais de mil cirurgias gratuitas pelos cirurgiões associados à SBH. Neste ano, o mutirão aconteceu em Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Em 2023, a ação foi feita na cidade de Cuiabá, no Mato Grosso. As ações também já aconteceram no Tocantins, Paraíba, Ceará, Rio de Janeiro, Maceió, Minas Gerais, Amazonas e Rio Grande do Sul.
Organizado pelo cirurgião Christiano Claus, o evento abordará as mais recentes inovações na área, incluindo técnicas robóticas e cirurgias minimamente invasivas. "Na programação, estão previstas discussões sobre a anatomia da parede abdominal, hérnia inguinal, técnicas cirúrgicas, a robótica na cirurgia de hérnia, complicações clínicas e cirúrgicas, cases de pacientes, além de cirurgias ao vivo", explica Claus. Assessoria |
Hérnias abdominais afetam 28 milhões de adultos no Brasil
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