Senac em Minas reforça luta pela educação inclusiva no Brasil



No dia 14 de abril, comemora-se o Dia Nacional da Luta pela Educação Inclusiva, uma data que não apenas celebra os avanços conquistados, mas também lembra da urgência em promover uma educação acessível a todos. Dados do IBGE revelam que cerca de 18,6 milhões de brasileiros, ou 8,9% da população com 2 anos ou mais de idade, vivem com algum tipo de deficiência. Essa parcela da população enfrenta desafios significativos, especialmente no acesso à educação e no mercado de trabalho.
 

"Embora a educação seja um poderoso instrumento de transformação, nem todas as pessoas têm acesso igualitário a essa oportunidade", ressalta Marcos Venancio, analista de Diversidade, Equidade e Inclusão Educacional do Senac em Minas. O especialista reforça que a educação inclusiva é um direito fundamental, essencial para construir uma sociedade mais justa e plural. "O compromisso do Senac com a inclusão está em sua estrutura, cursos e abordagens educacionais. Atualmente, todos os cursos são pensados para atender a diversidade de pessoas", enfatiza Marcos. "Desde a matrícula até o término do curso, o Senac oferece suporte e acolhimento ao público inclusivo, reconhecendo e atendendo as necessidades específicas".
 

O estudante do curso Técnico em Segurança do Trabalho, Roosevelt Histon Mendes, de 48 anos, faz uso de recursos inclusivos. "Minha experiência no Senac está sendo ótima em termos de acesso e inclusão. A instituição dispõe de recursos técnicos avançados, elevadores, cadeiras ergonomicamente confortáveis. Eu fui muito bem acolhido, o clima em sala de aula é produtivo e de total interação. Recentemente, tive a oportunidade de visitar uma obra de construção civil onde pude participar tendo todas as necessidades atendidas. O conteúdo é atual e o tratamento dos docentes é adequado, me oferecendo, com pleno suporte nas atividades, o que é essencial para meu sucesso acadêmico e profissional", afirma.
 

Apesar dos esforços em prol da inclusão, o Brasil ainda enfrenta uma realidade marcada por preconceitos e desigualdades. O IBGE revela que a taxa de analfabetismo entre pessoas com deficiência é quase cinco vezes maior do que entre aquelas sem deficiência. Além disso, a participação no mercado de trabalho e os rendimentos das pessoas com deficiência são significativamente inferiores aos de seus pares sem deficiência.