Mulheres se destacam no campeonato brasileiro de arrancada 2024





 

O mês de março, em que se comemora o dia da mulher, é também o marco do início do Campeonato Brasileiro de Arrancada. De 01 a 03 de março a pista do Velopark, em Nova Santa Rita-RS, contou com a presença de diversas mulheres aficionadas pelo esporte, dentro e fora das pistas.

 

É fato que a presença feminina tem crescido ano a ano no esporte de arrancada. Seja com mais mulheres pilotando os bólidos nas pistas, fazendo parte das equipes, acompanhando seus familiares ou simplesmente torcendo pelas arquibancadas de cada etapa do Brasileiro, as mulheres estão por todos os lados.

 

Com seis mulheres inscritas para a primeira etapa de 2024, a participação feminina se faz cada vez mais presente no Campeonato Brasileiro de Arrancada. Além disso, os resultados deste ano devem ser ainda melhores do que a temporada passada, em que as mulheres quebraram 4 recordes e consagraram 3 campeãs.

 

A primeira etapa já evidenciou que os resultados positivos para as mulheres tendem a crescer. Foram 2 recordes batidos por mulheres: Beatriz Dansiguer Ferretti quebrou a marca nacional na categoria Drag Jr 6.9s com um tempo de 06.923. E Alana Chies Steffani bateu a marca da pista Velopark na categoria Drag Jr. 10s com um tempo de 10.028.

 

Beatriz Dansiguer Ferretti tem apenas 13 anos e compete desde os 6. Flavio Ferretti, pai da piloto, falou um pouco sobre como é ver a filha competir na arrancada." É muito gratificante para mim e para minha esposa ver ela competindo de igual para igual com qualquer um, sempre com respeito, humildade e ajudando dentro e fora das pistas. Quando ela está com o capacete, faz o que tem que ser feito. Quando tira, vemos uma menina respeitosa, humilde e amiga. Para nossa família é muita alegria, vemos o quanto ela é dedicada".

 

Moradores da cidade de Xanxerê (SC), a profissão de Flávio inspirou Beatriz desde pequena." A vontade da arrancada começou comigo, sempre vivi disso profissionalmente mexendo com cabeçotes de competição e sempre pilotei. Ela nasceu escutando os motores e começou a gostar. Hoje ela gosta mais que qualquer um de nós", relata ele. "Mesmo com as dificuldades vamos tentar fazer o Brasileiro completo de novo na temporada 2024. Vamos fazer de tudo para ela buscar o bicampeonato nacional", concluiu o pai de Beatriz.

 


Beatriz Ferretti e seu Drag Jr. durante a etapa do Velopark.

 

Na primeira etapa tivemos show de outra garota apaixonada pela adrenalina. Alana Chies Steffani, de 10 anos, compete desde os 6 e deixa seu pai orgulhoso. "Eu como pai tenho muito orgulho dela estar nessa trajetória comigo. Ela só me enche de alegria". Adriano Steffani também compete e fala que o amor pela arrancada veio de berço. "Ela começou por minha causa, sempre andei e elas me acompanhavam. Como ela gostava, nós optamos por colocá-la dentro dos carros desde cedo e hoje já é uma paixão de família", explica.

 



Alana Chies Steffani, de 10 anos

 

Tivemos também uma estreante na primeira etapa da temporada 2024. Camilla Basso, de 25 anos, é moradora de Xanxerê, no estado de Santa Catarina.

 

"Esse esporte está presente em minha vida desde muito pequena, quando ia com minha família assistir meu pai nas arrancadas". Além do pai, Odivan Basso, os tios Fernando, Giovano e o primo Maurício também competem. E, segundo Camila, vem mais por aí na família Basso "temos para o ano que vem minha irmã e meu filho na Drag Jr.", exalta ela. Sendo uma das maiores famílias da arrancada, todos estiveram presentes na primeira etapa.

 

A piloto discorreu sobre como é ser uma mulher na arrancada. "Existem várias mulheres competindo forte hoje, pois temos a mesma capacidade de qualquer homem. Da minha parte, represento as mulheres e dou o meu melhor a cada prova", concluiu Camilla Basso. 



 

E não faltaram mulheres competindo e fazendo história para homenagear o mês delas e engrandecer a competição na primeira etapa do Campeonato Brasileiro de Arrancada no Velopark.

 

Em 2023 diversas mulheres foram destaque com resultados consistentes. Na categoria Drag Junior a jovem Isabela Pedroso baixou sua marca 2 vezes seguidas na categoria 11s e se sagrou campeã com o tempo final de 11,017. Já Beatriz Dansiguer Ferretti igualou o feito e conquistou o título na categoria 6.9s ao alcançar 06,956 ao final da reta. Na Drag Ligth tivemos Matuia Neves Correa Krolow, filha do experiente piloto Jader Krolow, conquistando o título.

 

A próxima etapa já tem local e data marcada, se trata de Toledo (PR). A cidade paranaense receberá a segunda etapa do brasileiro nos dias 3, 4 e 5 de maio. Mais informações sobre a competição, pilotos, pontuação e próximas etapas acesse: https://www.cbarrancada.com.br/

 

 

SOBRE O CAMPEONATO BRASILEIRO DE ARRANCADA

O esporte é extremamente popular nos Estados Unidos, onde já inspirou Hollywood a fazer filmes de grande sucesso como a franquia bilionária Velozes e Furiosos. A prova de arrancada é uma competição esportiva praticada por veículos automotores onde automóveis e motocicletas, em condições originais ou especialmente preparados, completam um trajeto reto e nivelado no menor espaço de tempo partindo da imobilidade.

 
É comum que a velocidade dos carros ao final de uma reta de 1/8 de milha, cerca de 201m, se aproxime dos 300 Km/h e que o trajeto seja completado em apenas alguns poucos segundos, sendo necessário um paraquedas para reduzir a velocidade e auxiliar os pilotos na frenagem dos carros. O carro mais rápido da temporada 2022 foi o GM Camaro do Gaúcho Jader Krolow na pista de Uberlândia-MG, com o tempo de 4s072 @ 300km/h em 201m. O carro tem "modestos" 4.000cv de potência, o que equivale a mais de 50 Fiat Uno juntos.

 

No Brasil, a modalidade é supervisionada pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), por intermédio da Comissão Nacional de Arrancada, Drift, Track Day, Recordes e Testes, e os eventos são realizados pela M&L Produções. O Campeonato Brasileiro de Arrancada reúne os principais e mais velozes pilotos da categoria em uma competição de 4 etapas.

 

Assessoria